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AMÉRICA de COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

AMÉRICA de COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

 

1. América Pré-Colombiana: Características Gerais

1.1. Quando Colombo chegou à América, em 1492, não poderia supor que o continente fosse habitado de longa data. Na verdade vários povos e civilizações, em estágios diversos de desenvolvimento material, ocupavam essa vasta extensão de terras. Em sucessivas ondas migratórias iniciadas há cerca de 40 000 anos, povos provenientes da Ásia e da Oceania foram se espalhando por todo o continente americano. Aos poucos, foram se fixando, adaptando-se ao meio e formando grupos diferenciados, que podem ser classificados, resumidamente, em sociedades de caçadores e coletores e sociedades agrárias.

1.2. Sociedades de caçadores e coletores : Espalhados por extensas regiões, esses povos praticavam a caça, a pesca e a coleta. Por vezes, desenvolviam uma agricultura rudimentar e nômade do milho, da batata-doce e da mandioca. Empregavam utensílios de pedra e madeira e desconheciam os metais. Organizavam-se em tribos ou confederações de curta duração. São exemplos dessas sociedades os aruaques e tupis-guaranis do Brasil, os caraíbas das Antilhas, os patagônios e araucanos do sul do continente americano e os iroqueses e sioux da América do Norte.

1.3. Sociedades agrárias: Possuíam alta densidade demográfica, eram materialmente desenvolvidas e rigidamente divididas em camadas sociais. Caracterizavam-se pela inexistência da propriedade privada. Todas as terras pertenciam ao Estado, que controlava a produção das aldeias, coordenando as obras coletivas como a construção de aquedutos, diques, fortalezas, templos etc.Por terem alcançado tal estágio de desenvolvimento, as sociedades agrárias dominavam as comunidades vizinhas, das quais exigiam tributos e prestação de serviços. Esses serviços evoluíram para uma forma de trabalho coletivo obrigatório (a mita), realizado para a aristocracia dominante.

Apesar de desconhecerem a roda e o cavalo, estas sociedades desenvolveram técnicas agrícolas bastante eficientes, principalmente processos de irrigação, que tornaram férteis campos improdutivos. Embora desconhecessem o ferro, eram hábeis metalúrgicos trabalhando principalmente o cobre, o ouro e a prata, fabricando armas, ferramentas, utensílios e objetos de adorno.

Os maias do sul do México, Honduras e Guatemala, os astecas do planalto mexicano e os incas do Peru são exemplos de sociedades agrárias com culturas elaboradas. Na época dos descobrimentos, alguns desses povos atravessavam uma crise política, principalmente devido a revoltas de tribos subjugadas, o que diminuiu seu poder de organização e defesa diante dos invasores espanhóis.

Principais grupos etnicos americanos antes da chegada dos Europeus

2. Trabalho e economia na América espanhola: A economia colonial girava em torno dos princípios mercantilistas, priorizando o fortalecimento da metrópole espanhola. Assim a estrutura imposta visasa inicialmente a extração e o envio de metais preciosos para a Espanha. No entanto, a colonização não se restringoiu somente  a exploração de metais  preciosos. É possível identificar pelo menos três grandes áreas de exploração econômica, a partir das quais se desenvolveu os mecanismos de conquista e colonização:

 2.1.         Nas regiões que se estendem do México ao Peru se concentrava a extração de minérios, principalmente ouro e prata, que contava com a exploração de trabalho compulsório sobre a população indígena. (indo américa)

2.2.         A expansão das áreas mineradoras estimulou  o desenvolvimento de uma agricultura de gêneros alimentícios em grandes “haciendas”, duja produção se destinava aos próprios mercados coloniais. Aqui também a mão-de-obra poredominante era indígena também atuando sob trabalho compulsórios (indo América)

2.3.         Nas Antilhas e algumas regiões da América Central observamos a montagem de PLANTATIONS escravistas, especializadas na produção de açúcar, tabaco, anil, algodão e outros gêneros de exportação, que contavam com a mão de obra de trabalhadores escravos africanos. (Afro américa). Ao contrário das haciendas a produção das plantationas destinavam-se ao mercado externo.

3. As Relações de Trabalho na América Colonial: As relações de trabalho na América colonial eram, sobretudo, de caráter compulsório. Neste sentido, destacam-se três formas de relações de trabalho:

3.1. Mita - Sistema que impunha o trabalho obrigatório, durante um determinado tempo, a índios escolhidos por sorteio, em suas comunidades. Estes recebiam um salário muito baixo e acabavam comprometidos por dívidas. Além disso, poderiam ser deslocados para longe de seu lugar de origem, segundo os interesses dos conquistadores.

3.2. Encomienda -Sistema de trabalho obrigatório, não remunerado, em que os índios eram confiados a um espanhol, o encomendero, que se comprometia a cristianizá-los. Na prática, esse sistema permitia aos espanhóis escravizarem os nativos, principalmente para a exploração das minas:

3.3. Escravidão africana -  O predomínio do trabalho escravo africano nas áreas de plantation pode ser explicado através de sua forte vinculação ao mercado externo, por outro lado, estas regiões de menor desnsidade demográfica necessitavam de mão-de-obra externa. Asiim, a escravidão africana,  reforçava os laços de dependência da colônia em relação a metrópole, visto que os colonos se viam forçados a comprar escravos dos mercadores espanhóis que atuavam na atividade do tráfico.

4. A Estrutura  Político-Administrrativa na América Esopanhola: 

Divisão política da América Espanhola em Vice Reinos e Capitanias Gerais

A montagem da estrutura de dominação com  a respectiva imposição do pcato colonial, exigiu um esforço extraordinário por parte da monarquia espanhola. O Estado precisou criar inúmeros órgãos de fiscalização, de administração política e e econômica e nomear funcionários reais  que exercessem o poder político nas  colônias. Os mais destacados órgãos da administração espnhola eram:

4.1. “Audiências”  - primitivamente eram tribunais, posteriormente passaram a acumular  funções administrativas ao lado das juduciárias. As audiências eram formadas  pelo Vice-rei e diversos ouvidores (juízes). Suas funções podem ser resumidas da seguinte forma: Fiscalização e vigilância sobre todos os funcionários do Estado.

4.2. Cabildos – Espécies de câmaras municipais  responsáveis pela administraçãos dos centros urbanos, cujos representantes eram escolhidos entre os membros da elite coloniail, principalmente grandes proprietários de minas, terras e escravos.

4.3.. Os mais importantes elementos da adminiustração espanhola ficavam na Espanha: A Casa de Contratação e o Real conselho supremo das Índias. A Casa de contratação criada em  em 1503 tinha todo o controle sobre a exploração colonial, sua função era receber, com exclusivdade, os navios que chegavam da América carregados de metais preciosos.  Já o Real  Supremo conselho das Índias nomeava funcionários régios para exercer cargos políticos e administrativos importantes na colônia.

5. A Sociedade Colonial na Améruica Espanhola: A sociedade colonial era fortemente hierarquizada e aristocrática.  Nas áreas coloniais além  dos critérios de diferenciação econômica, destacavam-se também os critérios raciais ou étnicos. Assim:

5.1. Na base da pirâmide social encontravam-se os colonizados, ou seja, todos aqueles que sofriam a exploração colonial: os escravos africanos e os povos indígenas sujeitos aos regimes de trabalho compulsórios.

5.2. em seguida existia uma imensa camada  de mestiços e índios, livres e pobres, em sua maioria artesãos ou trabalhadores sem ocupação fixa.

5.3. A elite colonial, era composta por brancos nascidos na América, em geral,  grandes proprietários de terras, minas e escravos (além de profissionais liberais e intelectuais). Esta camada social, conhecida pejorativamente, como “criollos” apesar de contarem com poder econômicos não possuía nenhum poder político.

5.4. O topo da pirâmide  social era ocupado pelos “chapetones”, colonizadores espanhóis que vinham para a colônia, nornalmente  como altos funcionários do Estado espanhol (cuja função básica era impor as normas do pacto colonial e zelar pelo seu funcionamento) ou comerciantes privilegiados.